

As quedas apresentam um impacto importante na saúde do idoso e dos serviços de saúde devido a quantidade fatores de risco. Esses fatores podem estar associados com a saúde do indivíduo (intrínsecos) ou podem estar associados com o ambiente (extrínsecos). Os principais fatores de risco intrínsecos são:
História prévia de quedas;
Idade avançada (80 anos ou mais);
Sexo feminino;
Fatores físicos: força muscular reduzida, equilíbrio prejudicado, dificuldade para caminhar, tempo de reação para controle da postura inadequado, tontura;
Fatores cognitivos: desempenho cognitivo prejudicado, perda de memória, confusão e dificuldades de pensamento ou resolução de problemas;
Fatores sensoriais: visão prejudicada, problemas auditivos e perda sensorial;
Fatores psicológicos: depressão, ansiedade, medo de cair;
Medicamentos: uso de muitos medicamentos (polifarmácia), efeitos adversos de medicações, uso de algumas classes medicamentosas que aumentam o risco de cair, como psicoativos;
Doenças crônicas neurológicas, osteomusculares, alterações gastrointestinais.
Os fatores de risco extrínsecos para quedas em idosos incluem as questões ambientais em domicílio e também em ambientes externos, como pisos escorregadios, iluminação inadequada, desorganização dos móveis e ausência de corrimãos ou barras de apoio. O uso de calçados que não oferecem suporte ou estão mal ajustados nos pés também aumentam o risco de cair. O uso de andadores, bengalas e outros dispositivos para marcha também podem oferecer riscos quando estão mal ajustados e usados de forma incorreta.
A prevenção de quedas em idosos envolve uma abordagem multidimensional devido a quantidade de fatores associados a esse desfecho, que incluem fatores físicos, ambientais e comportamentais. Os principais itens para prevenir quedas baseados em evidências são:
Avaliação do risco de quedas: histórico de quedas, manejo das condições de saúde física e mental, uso de medicamentos, capacidade física e funcional;
Exercícios físicos: principalmente treino de equilíbrio, fortalecimento muscular, exercícios que trabalhem a marcha e atividades aeróbicas que mantém o condicionamento geral;
Adaptações ambientais: iluminação adequada, retirada de obstáculos, adequação de pisos, instalação de apoios em áreas de risco, como banheiros, corrimãos, barras em corredores;
Uso de tecnologias assistivas: calçados adequados, dispositivos auxiliares de marcha (bengalas e andadores, se necessários), sistemas de monitoramento (sensores e alarmes para quedas);
Intervenções Psicossociais: controle do medo de cair, doenças mentais que impactam na confiança e autonomia, estímulo de atividades sociais para reduzir o isolamento e melhorar a saúde mental;
Educação e mudança de comportamento para aumentar a consciência sobre os riscos;
Intervenções nutricionais e acompanhamento médico regular para controle de doenças crônicas, avaliação de visão, audição.
Essas recomendações são ainda mais eficazes quando aplicadas através de programas integrados, auxiliando também na melhora da qualidade de vida de idosos.
Os consultores possuem um olhar treinado e capacitado para oferecer respostas e intervenções mais eficazes quando os fatores de risco estão presentes. O suporte dos consultores é realizado com base em um método de gerenciamento de caso, ou seja, o indivíduo ou a empresa serão apoiados de acordo com as necessidades identificadas para otimizar a comunicação entre os serviços utilizados, integrar as condutas de diferentes profissionais e apoiar as famílias e cuidadores no processo do cuidar em saúde de forma individualizada e contínua. O serviço de consultoria facilita a comunicação com outros profissionais pela elaboração de um relatório descritivo dos principais fatores de risco para quedas e das possíveis condutas para prevenção. Esse diferencial aumenta a credibilidade no nosso serviço, assim como o suporte de acompanhamento longitudinal.
É uma abordagem estruturada e centrada na pessoa ou serviço para coordenar e integrar cuidados para redução dos fatores de risco para quedas. Os idosos com situações complexas de saúde, multicomorbidades e mais dependentes podem apresentar maior dificuldade para diminuição da taxa de quedas e o gerenciamento do caso amplia as possibilidades de prevenção. As principais características do gerenciamento de caso estão presentes no nosso modelo de consultoria: abordagem individualizada, coordenação interdisciplinar, avaliação contínua e educação com engajamento do idoso, família e cuidadores para melhorar a aderência às intervenções.